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Atleta indiana recorre a corte arbitral do esporte pelo direito à diferença
No dia 08 de março , dia internacional da mulher, vi uma reportagem que possibilita a reflexão sobre a tênue fronteira entre os sexos.
” Você é homem ou mulher? Todo mundo consegue responder isso , né!” Esta foi a frase que iniciou a reportagem sobre o caso de Dutee Chand, uma atleta indiana de 18 anos, que luta na justiça para ter o direito a continuar disputando as competições de corrida em velocidade.
Dutee se identifica como mulher, isso nunca foi questão para ela, no entanto após um exame chamado popularmente de ” teste de feminilidade” foi impedida de participar de competições esportivas por exceder o limite de testosterona considerada “padrão ” para o sexo feminino.
O argumento defendido pelas organizações esportivas é que uma maior produção de andrógeno pela atleta a colocaria em vantagem em relação à outras atletas. Esta afirmação vale apenas para os andrógenos sintético , não havendo comprovação científica nos casos de uma produção natural de testosterona.
Este argumento , para mim , esbarra no sexismo. Quantos atletas de alta performance possuem corpos diferenciados que os colocam em vantagens aos demais. É caso de Michael Phelps, Bolt entre outros. Que o corpo seja ou funcione de forma mais eficaz para o esporte nunca foi problema, o que parece ser um problema é ter um corpo que ultrapasse a tênue fronteira que delimita os sexos .